sábado, 19 de maio de 2012

Menos uma manhã.


Fiz da sua camisa meu cobertor, meu roupão e minha toalha. Estar na sua casa me faz entrar em mundo tão seu que não arrisco te acordar para pedir uma toalha. Já é minha segunda pele. Com teu cheiro, então, pra quê melhor?
Abri os olhos, mas só por obrigação, porque a vontade era a de ficar ali o dia inteiro. Quando tentei me espreguiçar, ainda na mesma posição, por costume de dormir e acordar sozinha todo dia, percebi que você me fazia de ursinho de pelúcia, agarrado em mim e cheirando meus cabelos com aquela cara tão feliz que dava pena de se mexer.

- Acorda, amor, já são nove horas.
- Huummmmm...

E me puxou, só que dessa vez fiz do teu ombro meu travesseiro, tão macio e com aquele cheiro de roupa limpa. Beijo no pescoço para acordar, já que eu sabia melhor que ninguém, que aquilo te fazia arrepiar, e acordar de qualquer sonho maravilhoso que tivesse. Além do que, a realidade comigo é bem melhor do que um sonho aleatório seja-lá-com-quem.
No pulo que deu, até eu me assustei.

- Bom demais acordar arrepiado. Nem a Jolie no meu sonho consegue isso. Parabéns, amor.
- Essa Jolie aí não chega nem aos meus pés, que eu sei.
- Ainda bem que sabe.

Ao me levantar, fui surpreendida mais uma vez contigo me puxando pra trás, e fez o encaixe perfeito do meu tronco no teu peito, onde só restava a sua vez de me arrepiar com um beijo no pescoço.
Tuas pernas fizeram um nó, como se não quisesse deixar nem o ar fugir daquela cama. E quem disse que eu queria sair? Eram nove horas, mas e daí? Que se tornassem dez, onze, vinte e quatro. Melhor ainda, mais tempo contigo.

1 Falatórios:

André Maciel disse...

Deixe de safadeza.

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